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sexta-feira, 6 de junho de 2014

Grito




Estou novamente na realidade, onde sonhar é perigoso e arrisca nossa personalidade.
Quero gritar mais não posso, quero viver mas seria contra as regras.
Minhas lagrimas não derramadas queimam, como vidro estilhaçado, que fere até minha alma.
As correntes de varias cores me ferem a cada pulso, a solidão que carrego em meu coração eu seguro.
Quando tenta escapar por brechas, morre asfixiada, quando esta prestes a voar cortam suas asas.
A prisão que talvez um dia estarei livre, o talvez que procuro realizar.
Porque não consigo chorar? porque não posso respirar?
Porque não posso vuar?
Sera que nunca vou ter escolha?
A vida que passa e não posso estar lá, as feridas que não vão cicatrizar.



Noemí Rocha.

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